Satélites Galileo prontos para o lançamento
Nos últimos anos, milhares de engenheiros têm trabalhado no sétimo e oitavo satélites de navegação da constelação europeia Galileo, mas sexta-feira foi a última vez que foram vistos.
Hoje, 27 de março, retoma-se a construção da constelação de satélites de navegação europeus, com o lançamento do sétimo e do oitavo satélites Galileo satellites. O lançamento está marcado para as 21:46:18 GMT (22:46:18 CET, 18:46:18 hora local) a bordo de um foguete Soyuz ST-B a partir do Porto Espacial Europeu na Guiana Francesa. A transmissão começa às 21:24 GMT (22:24 CET).
O par de satélites – que já está poisado no andar superior do foguete Fregat – foi posto detro da camada protetora do foguete Soyuz.
Esta unidade foi deslocada na quarta-feira para o local de lançamento, onde foi posta nos primeiros três andares do Soyuz ST-B, completando assim o veículo.
Na semana passada, os dois satélites foram abastecidos na zona de preparação S5A do Porto Espacial e depois foram postos juntos em cima do dispenser, que irá apoiá-los durante a rigorosa fase de subida.
A tarefa final do dispenser será libertá-los em direções opostas quando atingirem a sua órbita de 22 522 km de altitude. Os próprios satélites irão então gradualmente descer até à sua órbita de trabalho de 22 322 km.
Depois de terem abastecido, os satélites mais o dispenser foram deslocados para o edifício S3B de processamento, onde o Fregat já estava abastecido e a aguardar.
O Fregat é ao mesmo tempo uma nave e um andar de um foguete. Quando o Soyuz atingir a órbita baixa, passa para o Fregat a responsabilidade de elevar os satélites, através de um par de combustões.
Os dois Galileos e o seu dispenser em conjunto pesam mais do que uma tonelada e meia, pelo que a operação de ligação decorreu com grande cuidado e precisão.
Depois as duas metades do revestimento deslizaram lentamente para o seu lugar à volta deles e fecharam-se. Desta forma, os satélites estarão protegidos da forte vibração dos primeiros momentos do lançamento, quando o Soyuz estiver a atravessar as camadas mais espessas da atmosfera.
O revestimento deverá ser ejetado 3 min e 29 seg depois da descolagem.
Até à descolagem, os satélites permanecem ligados ao mundo exterior através da energia e ligações de dados, permitindo que a equipa do Galileo da ESA possa verificar a bateria e a saúde dos relógios atómicos.
Durante a descolagem, os satélites mantem-se desligados, e serão ativados automaticamente durante a separação do dispenser.
Os satélites serão libertados quando atingirem a órbita, 3 h 47 min 57 seg depois do lançamento.