| | | Limite da cidade em 1972 numa imagem de 2009 | | Crescimento urbano em Córdoba
Nunca antes na história o crescimento urbano foi tão grande. Todos os dias a população urbana aumenta em 200 000 pessoas em todo o mundo. Todos os meses surge uma cidade do tamanho de Santiago de Chile. Pela primeira vez, mais de metade da população mundial vive em centros urbanos. Segundo as Nações Unidas, em 2070 70% da população mundial será urbanizada . O número das 21 megalópoles actuais (cidades com mais de 10 milhões de habitantes) terá duplicado nessa altura.
Neste estudo de caso vamos ver técnicas de observação da Terra que ajudam a monitorizar o crescimento de uma cidade. Estas técnicas podem ajudar os planeadores urbanos a preparar-se e gerir a chegada de pessoas novas.
Tradicionalmente, as alterações na cobertura terrestre, como o crescimento urbano, eram avaliadas utilizando informações demográficas e fotografias aéreas. Actualmente, as imagens adquiridas por satélites a intervalos regulares são também utilizadas para detectar alterações na utilização e cobertura terrestre. De facto, estes dados estão agora disponíveis a frequências de até 1 dia entre aquisições de imagens, e as resoluções espaciais variam entre alguns decímetros e quilómetros. A técnica mais comum utilizada para monitorizar as alterações urbanas com satélites envolve a comparação de mapas de cobertura terrestre baseados em imagens de diferentes anos.
Vamos utilizar dados do Landsat, uma vez que este satélite fornece informações sobre a superfície terrestre há já quatro décadas. Além disso, os dados do Landsat são fornecidos em diferentes bandas espectrais. Conforme descrito na secção Detecção Remota de Princípios de Detecção Remota neste website, as diferentes cores representam sinais de áreas urbanizadas, vegetação, água e solo. Estas podem ser utilizadas para distinguir os tipos de cobertura terrestre. Com a ajuda desta informação, vamos produzir um mapa de cobertura terrestre.
Existem dois métodos gerais para criar um mapa de cobertura terrestre a partir de uma imagem de satélite: classificação supervisionada e não supervisionada. Vamos utilizar o método supervisionado, que se baseia em informação recolhida de uma fonte externa, ou em informação extraída da própria imagem por um intérprete de imagens experiente, ou informação derivada de localizações de amostra visitadas no solo.
Finalmente, propomos trabalhar com a ferramenta GIS no software de processamento de imagem LEOWorks para gerar os limites da cidade em diferentes anos e calcular a superfície urbanizada em cada imagem. Esta é uma abordagem quantitativa semelhante à realizada profissionalmente em escritórios de planeamento urbano. | |